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No dia 20 de agosto, a Secretaria de Indústria e Comércio do Estado de Goiás organizou um encontro entre empresários goianos os representantes da Climate-Consulting. A empresa está trazendo para o Brasil uma tecnologia austríaca de cultivo de algas que, segundo eles, poderá significar uma revolução na produção de biocombustíveis.

Originalmente desenvolvido pela SEE-O-TWO [http://www.see-o-2.com], o conceito, comum em outros sistemas, é o da captura do gás carbônico liberado durante atividades industriais diversas para alimentar o crescimento das algas. Essas algas podem, por sua vez, servir para uma variedade de uso como: ração animal, cosméticos, fármacos, produção de óleo e de biodiesel. De acordo com o assessor para o desenvolvimento sustentável da Secretaria de Indústria e Comércio de Gioás, Hermes Traldi, a proposta que os representantes da Climate-Consulting apresentaram durante a reunião foi o uso de sua tecnologia para reciclar o CO2 gerado pelas usinas de etanol goianas durante o processo de fermentação da cana-de-açúcar.

“Eles têm o domínio da tecnologia e já tem plantas funcionando na Áustria que recicla o CO2 de usinas termoelétricas a carvão, mas esse é um CO2 contaminado por enxofre. O gás carbônico que sai da fermentação da cana é mais limpo e de, portanto, de melhor qualidade”, informa Traldi, acrescentando que os usineiros presentes ao encontro mostraram entusiasmo pela novidade.

O diretor de tecnologia da Climate-Consulting, Hans Franke, diz que tomou conhecimento dos avanços da SEE-O-TWO no ano passado durante uma visita a uma universidade alemã  e decidiu trazer a tecnologia para o Brasil. “Somos líderes em produtividade de biomassa, superando a soja, a jatropha e a palma”, empolga-se.

A alta produtividade das algas, entretanto, não tem sido o suficiente para colocar a vantagem de seu lado. Em geral, a tecnologia de algas apresenta dificuldades técnicas e possui um alto custo para processar o material. É nesse ponto que Franke assegura que a tecnologia austríaca se diferencia das concorrentes. “Nosso método de secagem da biomassa é muito superior e mais barato do que as centrífugas que são usadas hoje”, informando que a biomassa das algas tem teor de óleo de 25% e o restante da biomassa gerada podem ser aproveitada na indústria de rações animais.

Franke também sócio de uma empresa norte-americana chamada La Wahie Biotech que tem a patente de uma cianobactéria geneticamente modificada capaz de produzir etanol diretamente usando nada mais do que CO2 e luz solar. “O organismo é como se fosse uma miniusina de etanol”, conta.

Embora ainda não tenha clientes licenciados, Franke assegura que as tecnologias oferecidas pela Climate-Consulting andam atraindo bastante atenção por onde ele passa. “Além da reunião em Goiás, eu também já me reuni com empresários e políticos de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Brasília. O interesse tem sido muito grande”, comemora, afirmando ter bom relacionamento com o Grupo Jalles Machado – grande empresa do ramo de etanol do estado de Goiás – e também que tem bons contatos na área farmacêutica e de cosméticos.

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Encontro algas Goiás Encontro algas Goiás

Fábio Rodrigues - BiodieselBR.com

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